Escrever é uma tranquila agonia.
No pedestal da inquietação, paraquedas infelizes varriam cinzas às escondidas do Pai-Letal, ainda a Quaresma não fora imaginada, embora capacetes de nódoas arroxeadas anunciassem a exoneração do salvador da imbecilidade.
E no nojo que celebrava aquele esquisito domingo, nuvens violadas aterraram no altar dos desígnios trapaceiros e danificaram drasticamente a alucinação dos breviários.
No meio da ponte, rasgo o teu percurso, mapa de derrotas, sentido único, sempre em contramão.
Em todo o acordar minto à tristeza, e no sono que me engasga, ardo nos poemas escritos nas nuvens. Por vezes o desencanto será uma terapia eficaz. (Assim rezam os salmos lá na minha aldeia). Outras maneiras já desistiram de confortar o frio da derradeira mortalha. A lua, sempre atenta deita-se no prado da desilusão. Será esta a conveniência das horas sem dias marcados? A minha ingenuidade é um vício mal costurado.
Afinal só quis dizer que me lembro de ti.
,2024Jun_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com
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