Desgraço-me numa
casa de papel.
Ninguém se importa
Ninguém se importa
com a ferida que me queima o
olhar.
E o vento que me
E o vento que me
aconchega
só consegue entregar o
só consegue entregar o
bafo do desespero.
Casa de papel / janelas
Casa de papel / janelas
a fingir esperança.
(Estranho sentimento
(Estranho sentimento
que não deixa de invadir esta
mania de esperar).
Batem apressadamente
Batem apressadamente
à porta que não consigo
encontrar.
Na praça velha alguém
Na praça velha alguém
leu o poema.
E os pássaros perdidos
E os pássaros perdidos
abraçaram a morte feliz.
,2024Jul_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com
,2024Jul_aNTÓNIODEmIRANDA
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