Pesquisar neste blogue

sábado, 13 de julho de 2024

A MORTE FELIZ

 


                        Desgraço-me numa 
casa de papel.
                        Ninguém se importa 
            com a ferida que me queima o 
olhar.
                        E o vento que me 
aconchega
                    só consegue entregar o 
bafo do desespero.
                    Casa de papel / janelas 
a fingir esperança.
                    (Estranho sentimento 
que não deixa de invadir esta 
mania de esperar).
                        Batem apressadamente 
à porta que não consigo 
encontrar.
                        Na praça velha alguém 
leu o poema. 
                        E os pássaros perdidos 
abraçaram a morte feliz.





,2024Jul_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

Sem comentários:

Enviar um comentário