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segunda-feira, 15 de julho de 2024

CADA MORTE QUE ME ENTREGAS É UM SORRISO QUE ME ROUBAS

 


Tenho um sossego que me inquieta. 
Um pincel batoteiro que rabisca o tempo que engana. Contudo, nada possuo. 
Passa por mim o acenar da despedida encostado no optimismo sempre embusteiro do acaso. 
Dirijo na lembrança que me resta o indecente grito da atraiçoada liberdade. Retardo o regresso da anormalidade dos imbecis. 
Tudo fugiu de nós. 
O rio das palavras escritas na areia do suicídio lavou as lágrimas que escondemos na manta dos dissabores. 
Possivelmente alguém irá entender a cicatriz que não pára de nos afastar. Navegar neste limbo nunca deixará de ser uma desistência. 
Lágrimas negras procuram desesperadamente conforto. 
Na margem vadia louvo a coragem daqueles que ainda agitam o pano da ensanguentada rebeldia. 
Nunca será desta maneira que nos matarão! 
Ainda somos poucos na imensa insubmissão tatuada nesta atitude.
Há que matar a tirania!
Até que nenhum fascista reste nas nossas cabeças.


,2024Jun_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

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