Dispo a malícia das palavras
para a pendurar na roda da tua saia
como se fosse a única flor do jardim entardecido.
Se calhar falámos demasiado.
É o normal quando não se tem nada para dizer.
Acariciámos penas mantendo a saudade mentida
no meio de copos de vinho
de uma colheita imperfeita.
Trocámos pulseiras
à falta de ideias
e ansiosamente esperámos a finalidade
que não ousámos.
Mirámos a marca dos relógios
e rimos da futilidade da nossa intenção.
Aparámos os nomes para mais tarde
não nos lembrarmos.
Passei por ti no Chiado.
Não me recordo de te ter visto.
Sentado na sua estátua,
o Pessoa continua impávido
e nada interessado nos saldos da Benetton.
Não há nomes para significar
a nossa anomalia.
para a pendurar na roda da tua saia
como se fosse a única flor do jardim entardecido.
Se calhar falámos demasiado.
É o normal quando não se tem nada para dizer.
Acariciámos penas mantendo a saudade mentida
no meio de copos de vinho
de uma colheita imperfeita.
Trocámos pulseiras
à falta de ideias
e ansiosamente esperámos a finalidade
que não ousámos.
Mirámos a marca dos relógios
e rimos da futilidade da nossa intenção.
Aparámos os nomes para mais tarde
não nos lembrarmos.
Passei por ti no Chiado.
Não me recordo de te ter visto.
Sentado na sua estátua,
o Pessoa continua impávido
e nada interessado nos saldos da Benetton.
Não há nomes para significar
a nossa anomalia.
2016,08aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com
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