Abraço a memória em suaves
tragos de sossego. A noite dos
lençóis calmos, acabará por
aconchegar o novelo das
recordações. Desenho nesta
velha pele entrapada, cenários
de circunstância, para arquivar
na tela das contemplações.
Olho-me nestas voltas doridas,
e aliso qualquer coisa parecida
com um sorriso.
Não me lembro daquilo que
perdi, e, há muito que não
recebo mensagens da minha mais
significativa vitória.
Contudo, ouso mesmo assim,
pensar que nem tudo foi em
vão.
Vou subindo a escada, nunca
lhe perguntando pelo último
degrau.
2019mai_aNTÓNIODEmIRANDA
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