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quinta-feira, 9 de maio de 2019

AO FIM E AO CABO...

Gostava de inventar um quadrado redondo. Nada dessa coisa de limar arestas, malvadez que não passa de um péssimo exercício cinéfilo, amarelecido com artistas de alma de plástico. Estou mais virado para uma concepção obstrutiva, tendente à contrariedade de qualquer conceito de arte intencionalmente obsceno.
O que acabei de escrever, como sói dizer-se, é uma treta. Sujar uma folha com palavras, e pensar que pelo menos 1 ou 2 cretinos, irão ter a curiosidade de olhar para elas, deixa-me minimamente preocupado. Nada de importante tenho contra os cretinos. Apenas o inefável facto da sua existência. A análise conjuntural também não é paleio que me anime por aí além. Resto-me no meu beco, que quando de mim se farta, nunca se esquece de abrir a porta da saída. Claro que me podem levar a mal. Eu, se estivesse interessado, faria o mesmo.
Afinal só tenho 64 anos!
Continuo a não estar desanimado comigo.
Gosto do meu eu,
e do seu sentido não modificado.
Respeito-o avidamente sempre que ele aparece.
Ao fim e ao cabo, damo-nos bem.
Isto é, sempre que nos convém.
,2019abr_aNTÓNIODEmIRANDA

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