Não temos nomes para confundir.
Não existem sorrisos para pintar.
As palmas são dispensadas peremptoriamente.
Vemos o mesmo filme, onde não cabem artistas que não conhecemos.
Bebemos o mesmo silêncio em tragos de amoras suaves. Despejamos marés num rodopio amistoso, neste afecto do som sem vozes. O mundo gira naquela roda que deitamos fora. Curtimos as peles nos cardumes dos abraços, soletrando o correr do tempo. Odiámos como deve ser, o hálito da obrigação. Inventámos deuses sem contemplações menores. Nada nos preocupa. Sobretudo a ideia de pensarmos que estamos vivos. Guardamos religiosamente este segredo, e a sua mesquinha importância.
,2019abr_aNTÓNIODEmIRANDA
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