Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 15 de junho de 2017

O CÉU NO OLHAR

Tinhas o céu no olhar e um sorriso quase total,
que reconheço, embrulhava todas as dúvidas.
Mas o tempo nem sempre corre para o lado certo,
conforme está desenhado nos mapas.
O barco que apanhamos
muitas vezes é um furioso vilão,
atrapalha as boas marés sem costa possível.
Fiquemos pela corda que nos aproxima
e deixemos qualquer nó para outras hipóteses.
Riscamos na proa sem destino
e quilhamo-nos no leme
que dirige o nosso abandono.
Temos na mão uma bússola com varicela,
um termómetro exaltado
e a vontade pintada numa vela.
Atira-te ao fundo,
mas não magoes nunca o teu sentido.
Salva-te onde puderes.
Para isso,
foge daqui.

2017,jun_aNTÓNIODEmIRANDA

 

Sem comentários:

Enviar um comentário