Já não se fabricam pistolas de
brincar.
Os meninos brincam aos contabilistas ou
com pistolas a sério,
visões demasiado gerais, ou demasiado
concretas,
de uma realidade com cimento nas
frestas.
Do mesmo modo, hão-de acabar com o
teatro,
o namoro, e todas as reinvenções
da realidade.
O Porky Pig há-de acabar em chouriços
e estes no cu
dalgum político, cheio de sucesso e
anacoretismo.
E, então sim, poderemos progredir sem
estorvos,
rumo a uma sociedade cor-de-rosa
governada por antidepressivos de última
geração,
em que comer baratas já não seja uma
desgraça
mas uma oportunidade para nos
conectarmos
com possibilidades alternativas
da nossa história comum.
Miguel Martins
22/02/16
Sem comentários:
Enviar um comentário