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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Já não se fabricam pistolas de brincar.
Os meninos brincam aos contabilistas ou com pistolas a sério,
visões demasiado gerais, ou demasiado concretas,
de uma realidade com cimento nas frestas.
Do mesmo modo, hão-de acabar com o teatro,
o namoro, e todas as reinvenções
da realidade.
O Porky Pig há-de acabar em chouriços e estes no cu
dalgum político, cheio de sucesso e anacoretismo.
E, então sim, poderemos progredir sem estorvos,
rumo a uma sociedade cor-de-rosa
governada por antidepressivos de última geração,
em que comer baratas já não seja uma desgraça
mas uma oportunidade para nos conectarmos
com possibilidades alternativas
da nossa história comum.


Miguel Martins
22/02/16

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