Lia-me
um poema ao contrário e soletrava letra a letra a teoria da ascenção
cósmica no universo uno e transcendental. Continuava admirado por
todas as vezes que esteve na trocadero de Paris, ninguém parou para
o medir. Falei da metatísica , da importância do photomaton, da
insegurança fotodiária e da futura rendição incondicional de
todos os deuses ainda não arrependidos. Pois, mas as molduras
atraiçoam muitas telas. Não consegui explicar que a intenção não
era má. Nem você é bom, respondeu. Não tinha um prego. Não pude
virar o bico. Lá mais adiante, um bando de cretinos impregnados de
smart cameras, tentava pintar o sena. Mas, este é o rio dos poetas,
que chora uma música que só eles podem beijar. Tenho nos ouvidos um
segredo que a Edith me vai cantar.
Estendi
o saco cama e adormeci com a navalha na mão.
2015aNTÓNIODEmIRANDA
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