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domingo, 15 de novembro de 2015

AMOR PRIMEIRO

Só exijo as noites que me pertencem. As que me enganaram, serão cantadas pelo homem do martelo num leilão sem a minha coerência. Não me apetece voltar atrás! Só posso amar a minha volúpia, o imbróglio alheio, a mim, não diz respeito. Triste sina esta que me assiste! Há amores que nunca vi e custa-me tanto sabê-los. Amor sucinto, em airosas formas bailando nos meus cabelos. É tão triste a ignorância que humedece a importância de nada sabermos. Amor, canção alegre enlevada num sonho nunca acordado, abraçado ao toque da subtil melancolia. Serei eu o único com esta mania,  inequivocamente  inolvidável de te levar ao amor. Tanto desejo naufragado no nosso último beijo, afinal aquele que nunca te pedi. Que farei com tanta falta de subtileza? Selar-te os olhos, prometendo adiar um adeus que tanto me fere. Amo-te assim num contrário, verdadeiro amor, de todos o primeiro e agora único.






2015aNTÓNIODEmIRANDA

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