Só
exijo as noites que me pertencem. As que me enganaram, serão cantadas pelo
homem do martelo num leilão sem a minha coerência. Não me apetece voltar atrás!
Só posso amar a minha volúpia, o imbróglio alheio, a mim, não diz respeito. Triste
sina esta que me assiste! Há amores que nunca vi e custa-me tanto sabê-los.
Amor sucinto, em airosas formas bailando nos meus cabelos. É tão triste a
ignorância que humedece a importância de nada sabermos. Amor, canção alegre
enlevada num sonho nunca acordado, abraçado ao toque da subtil melancolia.
Serei eu o único com esta mania,
inequivocamente inolvidável de te
levar ao amor. Tanto desejo naufragado no nosso último beijo, afinal aquele que
nunca te pedi. Que farei com tanta falta de subtileza? Selar-te os olhos,
prometendo adiar um adeus que tanto me fere. Amo-te assim num contrário,
verdadeiro amor, de todos o primeiro e agora único.
2015aNTÓNIODEmIRANDA
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