Tenho
o teu cheiro na palma da mão. Memória da tua visita, fria como a faca. Visão
inoportuna que me perturba o sono tranquilo, afundando-se em fios de pedra que
ferem asperamente um sinal que era só nossa pertença. Urgência suja, num tributo
manchado pelos passos dormentes, que espalhaste no soalho. Tenho no peito a
mesma voz, que cada vez mais alto, me grita ao ouvido: toma atenção, pá!
Tem
cuidado contigo.
2015aNTÓNIODEmIRANDA
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