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quinta-feira, 20 de junho de 2019

COLTRANE

Dança no sax um fado triste, 
uma ausência constante 
naquele olhar que só as 
estrelas podem molhar. As 
mãos afagam delírios 
que unicamente lhe pertencem. 
Nas esquinas que o conduzem 
a nenhum dos lugares, 
há um som escondido 
no caminhar para o crepúsculo 
dos deuses com alma. 
No riscado LP, 
escovo para a memória, 
um pó sagrado.

Gosto!



2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA

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