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terça-feira, 12 de abril de 2016

PULL MY DAISY

Já é tarde nesta noite que me tarda o adormecer e um anjo estrelado teima em sair do meu sonho. Fugiu com os olhos de um cometa de cauda arrebitada cheio de pressa para fatiar a angústia. Acenou a um índio que limpava os vidros da janela do New York City Blues. Como sabem o edifício onde os vagabundos celestiais escondem as suas auréolas. Ninguém se incomoda com a hipótese verdadeira de ele num assomo de identidade roubada arrefecer o chão mesmo tendo todo o cuidado para não atrapalhar o trânsito. Não tenho outras coisas para incomodar o meu sonho. Por isso sugeri delicadamente o aparecimento de uma lista das páginas amarelas para amparar a sua queda. A operacional das comunicações estava ocupada e deixou as instruções numa gravação com demasiada publicidade para eu entender que nada poderia fazer. Não sei realizar este filme. Vi um anjo admirado dentro do meu sonho. Mas ninguém lhe dá boleia. Há um sinal do código da estrada não identificado onde todos param sem razão aparente. Devolvi-me à realidade e agora tento abafar possibilidades tão maldosas que irão mentir o sono que vou dormir.
PULL MY DAISY.


,2016,04aNTÓNIODEmIRANDA

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