C`est ça bacalhau
Abri a boca
E com todo o orgulho
Mostrei todo o desagrado
Da minha aparelhagem dentária
E sorri com o amarelo dos dentes de origem.
Respondi secamente ao pateta ilustrado:
Eu só como bacalhau!
Agradou-me o ódio vidrado
Do seu sorriso sem importância.
Foi possivelmente simpático
Quando se encaminhou para a saída.
Ainda consegui ouvir
Qualquer coisa como merde.
Tinha acabado de pisar
Um cagalhão de um cão português.
Mais tarde
A velha dona do animal
Contou-me que o bichinho
Não parava de abanar o rabo
Com tanta vontade de rir.
2016,03
aNTÓNIODEmIRANDA
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