Pesquisar neste blogue

terça-feira, 17 de junho de 2025

CREPÚSCULO INEVITÁVEL

 


Guardas o silêncio deste nome descarnado, 
na lâmina que pune a ferida da hora quebrada.
Está frio,
e cada vez mais vazio,
o sonho antigo.
Envelhecemos acidamente de mãos enrugadas, 
sempre à espera do guarda-joias da esperança tardia.
E no meio do solo do Coltrane que nos abraça,
 apertamos memórias escondidas na algibeira.
O resto,
que de nós se vai afastando,
permanecerá intacto.
Celebramos  o contrário dos dias,
para que a velhice não nos cace,
antes do crepúsculo inevitável.


,2019_ jan_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

Sem comentários:

Enviar um comentário