Dirijo a vida,
no romance que embebeda o prazer, enquanto penso nos gemidos que fugiram para o céu.
Um curioso solitário entrega recados de amor, escondidos nos envelopes sem endereço.
Falam do silêncio das coisas lindas,
e do intenso significado da sua ausência.
Não nasci para dormir com a tristeza.
Não tenho medo do abraço das lágrimas secas, naquelas noites que nos arderam.
Para longe fugiu o fogo,
agarrado no vento machucado.
Não nasci para dormir com a tristeza,
diz-me um espelho tão baço,
como as mentiras que barbeamos.
Excitamo-nos num cocktail de ousadias,
só para molhar um desejo
sem dias para contar.
Não nasci para dormir com a tristeza.
Falam os passos à volta do sonho.
,2020abr_aNTÓNIODEmIRANDA
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