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segunda-feira, 6 de abril de 2020

HÁ LÁGRIMAS QUE CHORAM SOZINHAS


Enforcado no ramo das memórias, 
conto flores de ausência, 
espalhadas num céu que não consigo ler.
Vejo gente a fugir daquela chuva 
que fingia os dias.
Não deixa de ser estranho,
este desfile de carros negros,
em direcção ao cemitério.
Olho para o mármore frio,
e desvio a vontade de ler nomes
conhecidos.



,2020Mar_aNTÓNIODEmIRANDA

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