Dá-me horas tempo que corres,
para a pressa da minha ausência.
Senta-te à espera da sombra que quero amolgar.
Já não queima a tua voz,
nem sequer a memória que tento
lembrar.
Dá-me tempo, para pintar o relógio
dos passos perdidos.
Esquece o momento,
eu preciso da alegria maior,
talvez para voltar a tocar na minha ferrugenta “Marine Band”,
enquanto me perco neste amargo compasso,
enojado por tantos insultos.
,2020Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
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