Sim!
Tudo é sangue nas palavras
que nos banham.
Sal escrito nos versos,
acenos magoados
correm para a alma
da solidão.
Sim!
Obedecer,
procurar fingir não sofrer,
e, embrulhar o futuro,
na habitual covardia.
A ilusão é um verbo manhoso,
mostrando o convite mafioso,
para a vida liquidada com créditos
malparados.
É esta, a única sensatez
da nossa impossibilidade.
Oferecem-nos refugos para tudo!
Há que desconfiar de tanta
deficiência.
Sim!
Há sempre um sim,
vergonhosamente escondido,
à espera do fim.
,2020Jan_aNTÓNIODEmIRANDA
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