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sábado, 8 de fevereiro de 2020

A VISITADORA

Entrou discreta no hotel.
Bateu ao de leve na porta do quarto com o sinal combinado. Mostrou o sorriso a condizer com o à vontade, e, o primeiro beijo, confirmava aquele momento que combinaram ao telemóvel.
Se não se importar gostaria de receber já. Não leve a mal, mas, já tive clientes que se esqueceram. Dizia, enquanto despia com olhar malicioso o desejo do freguês. Abriu a boca, fez dele chupa-chupa, revirando mecanicamente os olhos. Pôs-se de quatro, respeitando as instruções recebidas, e, esperou o enfianço. 
Nada sentiu, mas, como sempre, fingiu.
Estou a foder bem querida?
Dou-te prazer?
As perguntas do costume.
Os gemidos habituais.
Limpou-se.
Completou o cenário com um afago aligeirado.
No elevador, respondeu à mensagem que propunha mais uma visita.





,2020Jan_aNTÓNIODEmIRANDA

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