Não tens que me sangrar.
Já me basta este tempo quezilento, teimosamente covarde para apunhalar
a minha agenda.
Gostaria de desenhar dias felizes num qualquer calendário sem finados inúteis.
Alvejar os anos sem rosto,
e,
desafinar de uma vez para todas,
as promessas do roto contentamento.
Desaguar ideias atrevidas num argumento
do Jim Jarmusch.
Descansar sem sossego,
numa maré de pêssegas.
Abrir os subterrâneos da liberdade,
afundar-me no auge mais baixo,
navegar contra a corrente,
e banhar na maré da esperança não ardilosa,
a espuma da amizade duradoura.
,2020Jan_aNTÓNIODEmIRANDA
Sem comentários:
Enviar um comentário