Despede-se de mim, a manhã embrulhada no teu sorriso. Resta-me a tua boca de romã, molhada nos meus lábios. Lambo o desejo que deixaste espalhado no meu corpo, como um segredo constante, colado nos ouvidos. Tudo o que assim acaba, nunca terá razão de ser. É a mais dolorosa facada, neste peito que não quer morrer. Saudades das tuas mãos, do teu olhar, que pensei, nunca me iria abandonar.
Dorme meu anjo,
que eu vou pintar os teus sonhos.
Entregaste este deserto que me espanca, e um chocalho de lágrimas num balir infeliz.
Diz ao teu amante, que a nossa paixão, não tinha o toque da infâmia, agora que me deito contigo, nas noites farsantes, abraçado ao travesseiro das malícias fantasiadas. Escreve-me um segundo, mesmo com palavras que eu não entenda. Já só tenho este tempo que, nunca me mostrará a magia que perdi.
Dorme meu anjo,
que eu vou pintar os teus sonhos.
2019set_aNTÓNIODEmIRANDA
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