Às vezes a tristeza baila na minha panela. Oferece sorrisos de estátuas, queimados no tempo que tudo vai omitindo. Sento-me no patamar desta quietude, para estender memórias agradáveis. Risco nos vidros a ilusão das palavras sem morada. Amo as mentiras amigas, nesta paixão da diferença, dizem, exagerada. Nada mais cabe neste laço, com que enforco as ternuras arrependidas. Guardo o silêncio que continua a respirar o aperto, de muitas vezes, nada querer ouvir.
2019set_aNTÓNIODEmIRANDA
Sem comentários:
Enviar um comentário