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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

LÁGRIMAS PARA OS MEDOS

Lágrimas para os medos escondidas nesta jarra, com os segredos que pensámos existir.
Nada neste apetecível concreto, é assim tão certo, e os gritos que pintam memórias nas paredes, são colagens dissipadas no tempo das esperas que passaram.
Seria fácil que um lápis de cor, apagasse estes passos que só entopem o chegar.
O lado nenhum, sempre é melhor do que a dúvida que não deixa andar.
A deriva nem sempre é uma perspectiva erradamente assumida, a  fé, aquilo que nos resta, muitas vezes não presta.
Nem os loucos da poesia nela acreditam.
Abre-se uma janela sem vidros curiosos, temperam-se os copos com pedras de gelo, sacode-se o pêlo para o oceano do costume, e cose-se o pranto de olho ao canto, sem chama para o fintar.
Soluços aparados nas maçanetas das portas cansadas das nossas audiências, são borrifados com o hálito da inspecção periódica da consciência.
Acende-mos o fósforo com todo o cuidado, não vá o diabo tecê-las.
Voltamos para casa atropelando fantasmas para que não mintam antes de nós.
Regam-se 3 avés marias para crucifixos tão solitários como a sombra que deixou de nos acompanhar.
O tempo passa!
Por enquanto, muitas vezes fujo com ele.




,2017out_aNTÓNIODEmIRANDA

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