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quinta-feira, 20 de julho de 2017

ESTE CHÃO QUE DE TUDO NOS SEPARA

Nesta lua desenhada com crescentes que nos minguam, há os restos das pontas do sol-posto, avisando a inevitabilidade dos sonhos sem jeito.
Falta-nos o modo para aligeirar o caminho, uma sílaba peculiar que alcance o nosso passo e um tossir não enrouquecido para tomar conta da nossa idade.
Falta-nos um apetecer, até mesmo lisonjeiro, e um cinto que de uma vez por todas desaperte os nossos segredos.
Falta-nos uma moldura digna, um beijo ousado, só para libertar as margens que apertam todas as veredas santificadas.
Falta-nos sulcar este chão que de tudo nos separa.
2017,jul_aNTÓNIODEmIRANDA

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