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sábado, 10 de maio de 2025

MOSTO

 


Bebo dum trago o teu mosto 
na adega de um velho Agosto 
com a luz de um luar humedecido.
Abro-te a casta 
como se a uva 
fosse unicamente um desejo de nós.
Podámos o amor na estação sincera.
Até então, 
nada sabíamos dos danos colaterais.
Dissemos o amar-te-ei 
sempre na forma do calendário 
onde o sarro nunca muda.





,2016,06.aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

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