das horas lentas,
como aquele gato,
que de pinote em pinote,
tenta apanhar as borboletas brancas.
Era só para brincar,
miava ele no meio de tanta desilusão.
Voltava todas as manhãs,
e estendido na penugem da árvore habitual, ilustrava nos passos sem dança,
a doce esperança de um dia
divertir-se com elas.
Mas,
as borboletas eram somente anjos
caídos do céu,
e,
desavindas pelo abandono,
e,
desavindas pelo abandono,
voavam desconfiadas.
O gato voltou para o meu colo,
O gato voltou para o meu colo,
e,
dizia-se cada vez mais cansado.
Vou ter que deixar de brincar.
Vou ter que deixar de brincar.
Lambeu-me a pata.
Deitou-se no estirador do meu sonho.
Ficou feliz com o meu ronronar.
2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
Deitou-se no estirador do meu sonho.
Ficou feliz com o meu ronronar.
2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
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