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domingo, 6 de janeiro de 2019

AMPULHETA

Vou aquecendo a vida em morte
branda.
Cintilam no vento orelhas 
de 
alumínio escondendo segredos 
enferrujados.
O tempo brinca à batota
com as horas desavindas,
enquanto a esperança 
frita malabarismos
na feira da infâmia.
No cabide das calúnias,
penduro todos os pedaços 
da tristeza, e aperto nas mãos,
um nada sempre inquieto, 
que encharca o chão
com rastos de hálito de taninos 
de fígado
transplantado.
Já não me resta tempo para a 
paciência.


2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA

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