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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

QUANDO EU COSTUMAVA REZAR NAS LIVRARIAS

 Teclando na velha máquina de escrever, no escritório bolorento, enevoando o cheiro nauseabundo das conversas imbecis, eu só esperava a pressa do relógio, para vasculhar as prateleiras das velhas livrarias. Somava o preço dos livros que gostaria de comprar, antecipava a chegada do salário, e pedia aos velhos empregados que reservassem as minhas escolhas até ao dia do receber. Diziam-me com a mão no meu ombro, estes livros só podem ser teus.
 Como poderia abandonar tão grandes amigos?


,2018jan_aNTÓNIODEmIRANDA


 

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