abraçando um espelho cansado
dos salpicos do amor com pecado.
Persigo as ansiedades que usarei
nas línguas de mentiras
que apertam o cinto
levemente batidas pelo chicote.
Abandono pequenos recados
escritos em fantasias de anúncios.
Desenho a solidão
dentro do mar de tanta gente
que numa ola sincronizada
despede-se à pressa
de si própria.
Aplausos imbecis
continuam a entupir bueiros.
Estrelas decadentes
acendem pastilhas
para o sono de todas as inquietudes.
Tingimos de névoa toda a vontade apetecida
para depois navegar
num estúpido marasmo
a desilusão que vivemos.
É sempre tarde
nas horas que tanto nos fogem.
Ficam tão distantes as palavras
na máquina que já nada escreve.
E esperamos até amanhã
Com toda a esperança mentida.
,2017fev_aNTÓNIODEmIRANDA
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