Encontram-se em Gemes Sessions .
Em Paris é diferente Diz o intelectual inteligente.
Trocam fotos de si, a preto e branco
Prova evidente Que os grandes fotógrafos
estão mortos Escrevem obedecendo
a um manual de suposições cristalizadas.
Nos intervalos entretêm-se a dourar auréolas
de um mau gosto narcisista.
Chupam imperiais como se fossem champanhe
e arrotam postas de pescada low coast e mal congelada.
Não falham a apresentação e recitam a sopa de feijão vermelho
como se fosse um ex-libris da ciber-cú-linária.
Em Paris é que é bom. Continua a dizer o intelectual morcão.
Pobre malária. Tão incultamente calcificada.
Sempre preocupados com a sua ânusrabilidade,
insurgem-se em grupo contra quem enferrujou a sua talha oxidada.
Tende piedade de mim.
Eu que só sei ser assim, quieto, no meu modo sereno,
rejeitando mortalhas sem qualquer sapiência.
A história é um acto repetido.
A pretensão é um dejecto mais que cagado.
Estou fora. Devagar. Apressadamente devagar.
Vagarosamente apressado.
Só fico onde desejo estar.
Já não ouço tudo. E há muito que não entendo
aquilo que não me interessa.
Vou assim, Cortando curvas,
Endireitando a estrada Devagar
Calmamente Saboreando só a minha pressa.
Porque o resto,
São putos e meninas.
2016,12aNTÓNIODEmIRANDA
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