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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

solidão

O que se sabe da solidão o que é que nos acompanha na tristeza, o vazio acontece quando o mar enche e nem sempre sabemos flutuar.. Estendo - me ao comprido nas posições possíveis das marés preguiçosas da memória e as ondas que me atingem têm todas o sabor salgado de uma outra história. Ergo - me, não tão depressa como me impele o desejo, em busca de apetites não sei se sonhados. Resta - me a possibilidade sempre a impossibilidade do sonho de pensar que sonho o sono que me derrota.


Que guerreiro sou eu ?
Hesito sempre na procura da arma mais eficaz.

Gasto - me em batalhas imaginárias em tácticas de perspectivas invertidas com assaltos de estratégias globais ; guerreiro comodamente instalado em sofás e tento compreender ( porque não para minha conveniência ? ), atentados que vitimam burgueses tão burgueses como eu.

Ao que me leva a ilusão .

Marco passo
marco tempo
construo ficções
sempre ao ritmo dum relógio ao qual nunca me esqueço de mudar a pilha. Acordo, penso que o contrário seria a maior maravilha.

Solitário !
(no jardim das árvores sagradas em cujos ramos repousam os pássaros que me contam histórias de encantar.
Como gostaria de encontrar os bosques distantes das florestas com sorrisos celestiais. )

O que nos acompanha na solidão o que sabemos da tristeza é que o vazio é o mesmo . a traição das marés. E sobretudo nem sempre damos à costa da mesma maneira, estende-mo - nos ao contrário mesmo com posições impossíveis nas vagas enganadoras do passado.
E os escombros que nunca passam ao lado, não têm mais o sabor, o sabor sempre apetecido da aventura.

Caio.
Lentamente
Assim me ordena a vontade
Farto de sorrir à futilidade resta - me o acordar tentar viver acordado para sonhar o impossível, sempre a possibilidade de acordar de sonhar que acordo do sonho que me vence.

Que covarde sou eu ?
Nem tento sequer
A minha liberdade.




88maionum dia qualquer

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