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domingo, 12 de outubro de 2025

A ÚLTIMA VOLTA

 


Deixa algumas memórias estendidas na moldura das saudades. O longe, torna-se assim o lugar de tudo, e o imaginável a realidade possível. Ontem de manhã não foi dia para lembrar. A cama não saiu do deitar e o sonho que me lavou fugiu num absurdo passeio para o manhoso desaparecer. Clandestina nunca foi muitas vezes a sua presença. 
avisando atempadamente a presença das dores da esperança mal vindimada. 
Toda a gente deveria ter uma história mesmo que fosse a mais fraudulenta das páginas. 
Atado neste holocausto, quantos choros terei ainda de sustentar? Haja um anjo de asas subtis que entregue um voar longe do abandono.
Sorridentes “hijabs” encobertos por maliciosos olhares escrevem um “olá” na passadeira das ilusões. 
padece na interminável agonia, persignando-se com água benta no grande desastre da humanidade. 
sabes tu que não resistirei mesmo que a promessa apareça na espera dos braços caídos. E o lugar que me ofereces nada mais é do que o asilo das agruras repetidas. Deixaste-me sem nunca me abandonares. 
Terei sempre um beijo para te esperar, admitindo que as negras lágrimas continuaram a bailar na tua hipocrisia. 
é uma traição só porque imaginei que o céu seria um piquenique da “fast-food”. 
(Bem cara me saiu esta marosca). 
Deverá haver por aí alguém à procura dos sonhos que rasguei. Não tenho outro modo de esconder aquilo que de mim vou esquecendo. 
escrevo desejos vividos na ficção que realizamos. Breves sorrisos, instantes coloridos passo a passo num custo aligeirado por cumplicidades impossíveis de rejeitar. Sou como eu e a mais do que isso nunca me obrigarei. O respeito tal como o gostar serão sempre verbos sagrados. Frágeis são todos os momentos verdadeiros
(A Janis Joplin deixou um grito no meu bolso). 
Tanta estrada sem qualquer sentir que nos convide. 
mas nunca alguém deixou de pensar que era eu o maior dos maltrapilhos.
mas o perdão entregue é a canção que já não me seduz. Não sei! Juro que não imagino o sangue que me quer oferecer. Ó Deus, mãe de todos os pecados, reza mesmo assim pela malvadez que impregnaste. Meio inteiro - morto aos bocados - vinha de soluços, e o que sobrar salteado alegremente no carrossel das ideias não complicadas. 
(O render da guarda, pede urgentemente a mudança de palhaço).
Já não gosto do tempo que me gasta. A mentira já não dorme neste hotel. O lugar que levo ainda se vai lembrando da batoteira astúcia que assinámos, como se outrora fosse unicamente uma lembrança esquecida. 
E as balas voavam como se fossem lágrimas de sangue
mas lembra-te que a infâmia já não encontra a minha cabeça.






2025Out_aNTÓNIODEmiRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

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