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sábado, 30 de novembro de 2024

NAQUELA NOITE E NOS PESADELOS SEGUINTES

 


Nos tempos com asas para o fim  voa 
distante o caminho do amparo nem sempre 
com elevados índices de consideração. 
Dizem impostor este teimoso capricho do 
acordar.
(Quem me dera a mim outro mundo neste 
fraco viver). 
Certos futuros nunca caberão na minha
bossa.
Guerreiros desleixados combatem a 
velhacaria do destino.
Dizem-nos muito bons. 
(eu é que não tenho jeito para gostar 
dessa merda). 
A paciência que exibo mudou de capoeira. 
Um homem não treme 
(ideia estupidamente absurda) 
do bobo do leme. 
Olá musas desencantadas. 
Deixai de andar desvairadas à procura 
do enfermo remo. 
Ai agora é que  tremo qual rena 
num trenó na atarefada entrega da nostalgia.
Ó besta quadrada  tendência desembestada
(árdua missão naufragada 
num impiedoso autoclismo), 
quando deixarás de importunar o peluche
que precisa de exílio? 
No caminho da memória 
escondo as fraldas da lucidez 
limada num ribombar ensurdecedor 
que atrapalha o ânimo que me entende.

                                        Mas não é esse a essência que procuro.


,2024Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

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