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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

DUELO PROMETIDO

 
Não percebes!
Não podes contar estrelas.
Nada sabes dos meus desencontros, 
do meu caminho às cavalitas da vida, 
deste constante contrariar a sina do destino, das mentirosas certezas que escrevo, 
deste cavar no presente um futuro ardilosamente prometido.
Não entendes o desigual que me conforta, 
o nojo com que delicadamente me golpeio, 
neste mostruário de sugestões desleais.
Ignoras as mortes que escrevem nesta memória exausta de tanta fraqueza.
Nunca aceitarás o punhal que guardo para escrever o teu nome.
Tu e eu, 
nunca passaremos da composição mais imperfeita.
E isso,
continuará a ser o duelo prometido.


,2020Nov_aNTÓNIODEmIRANDA


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