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domingo, 29 de março de 2015

LISBOA BLUES (15) ONDULANTE

Ondulante
No néon perturbante
Da avenida de roma
E o olhar matreiro
Não sei se de puta
Ou paneleiro
Como um anúncio digital
Que constantemente
Convidava :
Não prove ...
Coma .
E o cigarro
Colado aos lábios
Ejaculando o fumo perturbado
Que amestravas com gestos sábios
E as ancas a abanar
O peito a espreitar
Mais um espelho pr`a mirar
A carteira a pedir
& como sempre
Há sempre um parvo.
Ondulante no néon perturbante
No passeio d`avenida
Já sei de cor
O preço de fazer amor
Contigo já cantei
Essa cantiga.
Nem mesmo
O teu olhar com malícia
Com promessa de carícia
faz - me hesitar
Hoje não , tou com pressa
Amanhã não , que não posso
Talvez nunca hei - de voltar.
Ondulante
Perturbante
Num néon hesitante
Talvez te visse num instante
Numa qualquer avenida ...

86ago._aNTÓNIODEmIRANDA

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