DESPEDIDA
Vou-me
despedindo do tempo
Afagando
os dias
Com
os poemas possíveis
Não
sei o momento
Que
gasta o pensamento
Agora
que a luz do túnel
Não
me mostra qualquer caminho.
Da
vergonha,
Só
restam as cinzas
Da
possível hipótese
Nem
ficou o lamento
Não
cabe em mim
Qualquer
desalento
É
minha amiga a poesia.
O
diabo pintou a minha alma
Num
dia
Em
que um deus qualquer
Não
esteve atento.
Não
há desculpa,
Esta
foi a minha vontade.
2014
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