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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

DESPEDIDA


DESPEDIDA

Vou-me despedindo do tempo
Afagando os dias
Com os poemas possíveis
Não sei o momento
Que gasta o pensamento
Agora que a luz do túnel
Não me mostra qualquer caminho.
Da vergonha,
Só restam as cinzas
Da possível hipótese
Nem ficou o lamento
Não cabe em mim
Qualquer desalento
É minha amiga a poesia.
O diabo pintou a minha alma
Num dia
Em que um deus qualquer
Não esteve atento.
Não há desculpa,
Esta foi a minha vontade.


2014

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