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terça-feira, 5 de agosto de 2014

CRÓNICAS E MELIDES (6) _JUL2014 | BULIR COM ELA…

Não imagino o que poderá pensar uma cabeça com 92 anos de tempo. A memória cada vez é mais pequena, nota-se na exiguidade das histórias que ainda tem para contar. A voz diminui de intensidade, as pernas vão perdendo a força e curto já é o caminho para andar. Ainda não sei nada desta condição, pelo que não passo de um assistente não operacional.
“Havia...
m de me dar qualquer coisa para mim não andar só com isto aqui pendurado. Mesmo que queira bulir em cima da mulher, ela coitada não pode. Está prá li toda desconchavada. Ai que saudades da minha verdura. Mas, que hei-de fazer, tenho de aguentar a bucha.”
Estamos a morrer.
Talvez o meu amigo, mais depressa do que eu.
Se calhar já te contei isto, mas se calhar tu não te lembras.

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