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quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

PACTO DE NÃO OPRESSÃO

 


Podes sentir a voz que de mim se afastou
enquanto a fantasia que incomoda os sonhos 
sorri para o fantasma oferecido pela tua demência.
Aqui no estábulo da glória
abençoado pela inveja dos deuses
pinto desapontamentos com suores estranhos.
E o andar curvado,
contrário ao caminho que pretendo,
não passa de uma alucinação
esquecida no cabide das  lacunas.
Pensava eu que breve seria o destino
mas o chicote que embala as horas
ergue num sorriso agiota
as saudades do tempo verdadeiro.
Algo continua errado no paraíso da penúria.
O que resta da vontade
lateja na lâmina do aço amordaçado
empunhada por sombras perdidas  
à procura das promessas ainda não crucificadas.
Polegada e meia de consideração.
(O lamento do poeta pendurado 
nas cordas do abandono).
Claro que a minha cabeça não se importa!
Há muito que deixámos de trocar aleivosias!
Celebrámos um pacto de não opressão!




,2024Dez17_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

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