Pesquisar neste blogue

sábado, 29 de julho de 2023

QUANDO EU COSTUMAVA REZAR NAS LIVRARIAS

 


Teclando na velha máquina de escrever no escritório bolorento, enevoando o cheiro nauseabundo das conversas imbecis, eu só esperava a pressa do relógio, para vasculhar as prateleiras das velhas livrarias. Somava o preço dos livros que gostaria de comprar, antecipava a chegada do salário, e pedia aos velhos empregados que reservassem as minhas escolhas até ao dia do receber. Diziam-me com a mão no meu ombro, estes livros só podem ser teus.

Como poderia abandonar tão grandes amigos?



,2018jan_aNTÓNIODEmIRANDA


Sem comentários:

Enviar um comentário