Vou aquecendo a vida em morte
branda.
Cintilam no vento orelhas de alumínio
escondendo segredos enferrujados.
O tempo brinca à batota
com as horas desavindas,
enquanto a esperança frita malabarismos
na feira da infâmia.
No cabide das calúnias,
penduro todos os pedaços da tristeza,
e aperto nas mãos,
um nada sempre inquieto, que encharca o chão
com rastos de hálito de taninos de fígado
transplantado.
Já não me resta tempo para a paciência.
2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
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