Pesquisar neste blogue

sábado, 3 de outubro de 2020

AMPULHETA

 Vou aquecendo a vida em morte 

branda.

Cintilam no vento orelhas de alumínio 

escondendo segredos enferrujados.

O tempo brinca à batota 

com as horas desavindas, 

enquanto a esperança frita malabarismos 

na feira da infâmia.

No cabide das calúnias, 

penduro todos os pedaços da tristeza, 

e aperto nas mãos, 

um nada sempre inquieto, que encharca o chão 

com rastos de hálito de taninos de fígado 

transplantado.

Já não me resta tempo para a paciência.

2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA

Sem comentários:

Enviar um comentário