Vestiam bonitas camisetas
nas tardes de domingo,
e com a zambrene dobrada no braço,
davam grandes voltas
montados nas suas lambretas.
Era como no cinema da malotinha,
onde miravam os beijos mais atrevidos,
nada parecidos com aqueles
que trocavam às escondidas.
E doidamente amavam Roma,
a cidade que nunca visitaram.
E as possíveis namoradas,
fingindo-se não interessadas,
riam-se umas com as outras
no meio de conversas loucas,
esperando o gelado prometido.
Passavam assim as tardes
daqueles domingos que aproximavam
uma segunda feira nunca apetecida.
Os mergulhos no Cávado,
eram apreciados numa cavaqueira divertida,
abusada por um braço
entornado ao de leve sobre o ombro.
Eram despedidas matreiramente aproveitadas,
até ao chamar da mãe da moçoila...
,2016,08.aNTÓNIODEmIRANDA
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