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sábado, 27 de setembro de 2025

PERFECCIONISMO CAÓTICO

 


            Como vês não estou mudado. 
Fartei-me de ser quem fui.
            Vai-se o tempo atado à hora da chegada despedindo-se do alento para a derradeira ida.
            Arriscar a felicidade num banquete de sangue nas asas da alameda do infortúnio reciclável, perante a enormidade da distância dos abraços. 
            Ventre canonizado escondendo o soneto da loucura. 
            Só os poetas poderão entender a quietude das palavras. 
            Roubem-nos a sensatez. 
            Aqui jazemos nesta súplica iluminada furtando a sombra onde irá morrer a última vontade. 
            Recordações maltratadas, 
Insónias acenando nos escombros da penumbra, pedaços do passado nas visões não convidadas.
            Só as Janelas perfeitas 
oferecem o outro lado dos dias.
Benvindo.
            Fico feliz em ver-te, 
perfeccionismo caótico.
            Como vês não estou mudado. 
Mas deixei de ser quem fui.




2025Set_aNTÓNIODEmiRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

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