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sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

A VIDA, DIZEM OS QUE MORRERAM…

 

Alinhavo o amor em lume brando, 
no tempero do meu cérebro, 
todos os dias nas manhãs que me apetecem.
Roubo-te o pijama, para a auspiciosa intenção 
que quero não desista de nós. 
Escondo os nomes do nosso acontecer, 
abafando num orgulho tolo as palavras 
que erravam os ouvidos naquelas noites com fingimentos dos amantes mais promissores 
do mundo. 
Agora que conforto estrelas pendentes no relógio do teu olhar, alcanço lágrimas vestidas com roupa que não conheço. 
Escrevo recordações absurdas da nossa mentida possibilidade. 
Ouço um trombone que tenta riscar no céu nomes estranhos, relâmpagos a iluminar um qualquer néon esquecido na nossa falta de comparência. 
Como é triste este rastro transmitido em directo 
na realidade que arriscamos ignorar. 
Resta a subtileza nesta forma de confundir. 

A vida, 
dizem os que morreram, 
outros dias terá de esperar.

,2020Dez_aNTÓNIODEmIRANDA

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