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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

AGUARDAR A VEZ NO LUGAR DO TEMPO


 Ainda não sinto a falta de mim.
Não quero repetir o cansaço nem respirar 
o erro da inútil espera.
Mostrei-lhe no olhar 
um desejo inequívoco de animar outras andanças.
Tenho na cabeça muitas portas do céu, 
mas ninguém em mente.
Portanto, desta vez tudo leva a crer 
que o passado vai correr bem. 
Pelo menos é o que  o teclado escreve 
na folha de papel sem jeito 
para crónicas de embuste.
Sou um clandestino a navegar 
nas ideias deste cenário.



,2020Dez_aNTÓNIODEmIRANDA

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