Santos alternativos
procuram outras opções.
O resto é melhor do que nada,
diz a fome para o desperdício.
Busco um abrigo,
mas os tempos já pesam demasiado.
Vivo numa tempestade, que contempla
o futuro estagnado num cais do metropolitano, pejado de sorrisos injectados.
Ignoro o painel de azulejos com nomes cuspidos pela indiferença.
Eu estive lá,
nos lugares agora sujos.
Eu vi as palavras que mancharam.
Eu cheirei na pele a agonia da mais ínfima probabilidade.
Eu ouvi as façanhas dos cobardes relatando a mutilação da dignidade.
Mas,
Eu só tinha 14 anos,
e,
assim aprendi,
que o nojo não deverá nunca ter idade.
,2020Julho_aNTÓNIODEmIRANDA
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