Na minha rua,
temos um novo costume.
Cumprimentamo-nos "aprazivelmente”,
fingimos conhecer os nomes,
e trocamos sorrisos menos mascarados do que o habitual.
Lamentamos a situação com o desinfectante na mão, falamos dos livros que nunca foram lidos, da hipótese imbecil de celebrar condignamente o fim da hipocrisia, enquanto abanámos a coleira da inoperância.
Na minha rua,
o circo continua exactamente igual.
As intenções não mudaram.
Nenhuma vacina curará a futilidade!
,2020abr_aNTÓNIODEmIRANDA
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