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sábado, 14 de setembro de 2019

NO SILÊNCIO DAS NOITES DORIDAS


Ó musa ausente 
deste coração que já nada sente,
tenho saudades do teu cantar
na espécie de encontrar,
versos fiados
neste poema que mente
aquilo que não escrevi.
Será pecado este amor
que sempre passou ao lado
do modo exagerado
como ousei gostar.
De ti já nada sei
e o que contam
já não cabe neste recordar.
E alheio não sou a esta dor
que me fere a alma
e grita-me no silêncio das noites doridas
espalhando em vão silhuetas amigas.
Mas este fogo só me esfria
os dedos que quero arder na tua pele.
E agora neste torpor magoado,
perco-me na volta dos beijos
do desejo sempre imediato.
Que alguém me salve de mim mesmo
e me conduza a outro inferno.


2017,jun_aNTÓNIODEmIRANDA

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