DESPEJADO
Nem um tusto na algibeira.
Sonhei a vida inteira que isto nunca mais iria acontecer.
Sonhei a vida inteira que isto nunca mais iria acontecer.
Olhava as estrelas do meu céu, tapava-lhes os sonhos com o véu chorado da minha tristeza.
Nem um tusto na algibeira.
Sorrir sem jeito nem maneira,
Nem um tusto na algibeira.
Sorrir sem jeito nem maneira,
cobrir as lágrimas de todos os caminhos,
só com a revolta dos sonhos devorados.
& as morfinas sempre ausentes,
& as morfinas sempre ausentes,
naqueles sorrisos que não me pertencem.
Quebro galhos que não quero queimar,
e penosamente entranho na solidão,
este frio que me desampara.
Não me lembro da última vez que tive coragem de abrir a porta do frigorífico.
Quebro galhos que não quero queimar,
e penosamente entranho na solidão,
este frio que me desampara.
Não me lembro da última vez que tive coragem de abrir a porta do frigorífico.
Mesmo aquela do folheto, que nunca se indignou, com a falta de uma qualquer condição.
Miro sem cobiça matrículas de automóveis, na eventualidade de achar uma capicua com as iniciais da minha sorte.
Até isso é uma falha habitual.
Sentado na lona dos desejos chorados, aqui na travessa, onde costumavam dizer o meu nome, olho indiferente para aqueles que vasculham a minha identidade, agora transformada num despejo de esqueletos.
Pensavam que nada prestava.
Mas, é assim, que sempre agem os abutres.
Miro sem cobiça matrículas de automóveis, na eventualidade de achar uma capicua com as iniciais da minha sorte.
Até isso é uma falha habitual.
Sentado na lona dos desejos chorados, aqui na travessa, onde costumavam dizer o meu nome, olho indiferente para aqueles que vasculham a minha identidade, agora transformada num despejo de esqueletos.
Pensavam que nada prestava.
Mas, é assim, que sempre agem os abutres.
2018Set_aNTÓNIODEmIRANDA
Sem comentários:
Enviar um comentário